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Foto do escritorAndressa Navarro

DIA 21 DE SETEMBRO É CONSIDERADO O DIA MUNDIAL DO ALZHEIMER

Atualizado: 2 de jan. de 2021

Centro comunitário no Rudge Ramos oferece curso e oficina para melhoria na qualidade de vida do idoso

O Alzheimer é o tipo de demência mais comum em pessoas acima de 65 anos - Foto: Andressa Navarro/RRO

Esquecer o que vai fazer num lugar no momento em que chega nele, não saber onde estão as chaves que acabou de pegar, ou até mesmo, deixar o fogo ligado. Esses são as principais queixas de quem chega no consultório do neurologista Felipe Aydar, no Rudge Ramos. A perda da memória recente e, posterior, perda de funcionalidade é o que faz do Alzheimer uma doença tão preocupante. De acordo com o Relatório Anual do Alzheimer 2018, elaborado pelo Alzheimer’s Disease International, 50 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência no mundo. A entidade prevê que até 2050 esse número triplique. 21 de setembro marca o Dia Mundial do Alzheimer.


"É como se fosse um trem que não conseguimos parar” é como o neurologista costuma explicar o Alzheimer para seus pacientes. E é uma das coisas que diferencia a doença de outros tipos de síndromes demenciais. Aydar afirma que o Alzheimer é progressivo e incurável, mas possui tratamento. Os remédios desaceleram o desenvolvimento da doença, e proporcionam maior qualidade de vida ao paciente. A sindrome afeta os hipocampos, ou seja, atinge a parte do cérebro responsável pelas memórias recentes. Sob tratamento uma pessoa pode demorar em média 10 anos para chegar ao estágio grave da doença.


Dentre os diversos tipos de demência que existem, o Alzheimer é o mais comum, com prevalência de cerca de 70% dos casos entre pessoas com mais de 65 anos. Mas, se você é jovem e percebe esses sintomas não fique apavorado, o neurologista conta que, muitas vezes, jovens aparecem no consultório com os mesmo sintomas, mas o motivo é outro. O médico explica que uma pessoa muito atarefada, ou passando por muito estresse pode ter perda de memória. E a indicação é investir em organização, uma agenda e uma dose de relaxamento.


"É como se fosse um trem que não conseguimos parar” explica o neurologista, Felipe Aydar, sobre o Alzheimer

Em alguns casos raros, a doença é hereditária, como no filme “Para sempre Alice”. No longa, Alice é uma professora de Linguística de Harvard, extremamente inteligente, exercita o cérebro todos os dias com palavras cruzadas na dificuldade máxima. Até que um dia, ela começa a esquecer das palavras, da direção da sua casa e até onde ficam as salas no campus. Depois de muitas visitas ao neurologista ela é diagnosticada com Alzheimer precoce, e vê sua vida virar de cabeça para baixo.

Com delicadeza, o filme retrata o que a doença faz, não só com o paciente, mas também com as pessoas que convivem com ela. Detalhe também ressaltado por Aydar. “O tratamento do Alzheimer é um tratamento em conjunto, são importantes os papéis do terapeuta ocupacional, enfermeiro e psicólogo. E não só para o paciente, para a família também. Quem cuida do paciente passa por uma carga de estresse e tensão muito grande”.


Pensando na melhoria de vida dos idosos da região, a psicóloga e psicopedagoga Flávia Leite de Oliveira começou a ministrar a Oficina de Auto estima na Terceira Idade. Ela conta que percebeu que a maioria dos moradores do Rudge Ramos são idosos, e que, muitas vezes, não têm condições de pagar um psicólogo, então criou a oficina com o objetivo de melhorar a autoestima dos idosos, e fazer com que a psicologia chegasse ao maior número de pessoas. “O idoso que participa da oficina começa a se enxergar como agente da sua própria vida, percebe que suas experiências podem ser usadas nessa nova fase da vida e aumenta o círculo de amizades.  Alguns idosos chegaram tristes e desacreditados da vida, e hoje estão super motivados, trançando metas e atingindo-as.”


Apesar do curso ser focado para a terceira idade, Flávia recomenda para todos. Ela ressalta a importância da psicoterapia na vida das pessoas. E com o lema: “Idoso SIM, velho NUNCA”, a oficina têm ajudado a população idosa a se sentir valorizada novamente. A ação é ministrada no Centro comunitário da Paróquia São João Batista. Além dessa atividade, o Centro oferece um curso para cuidadores de idosos. Com duração de aproximadamente 3 meses, ele não possui certificado, mas possibilita o aprendizado de uma nova atividade para quem pretende cuidar da terceira idade. Ambos os cursos são gratuitos.


Para quem se interessar, basta se inscrever no Centro comunitário da Paróquia São João Batista, ou pelo telefone (11) 4177-5548.


Endereço: Rua Rafael Tomé, 72 – Rudge Ramos, São Bernardo do Campo.

Horário para inscrição:

Terças: das 8h às 10h30, das 13h30 às 17h e das 19h às 22h Quartas:  das 8h às 10h30 e das 13h30 às 17h  Sábados: das 8h às 14h


*Esta matéria foi publicada originalmente no Portal do Rudge Ramos Online


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